O Seminário “Moda Mineira : criação, mercado e vivências”, realizado pela UNA no dia 22 de setembro e organizado por um de seus professores Aldo Clécius, foi o primeiro realizado por uma instituição de ensino superior do estado, com o intuito de debater o assunto “mercado de moda em Minas” no meio acadêmico.
A mesa foi composta pelos palestrantes: Moema Breves, Fernanda Cotta, Graziele Coelho e Pedro Embiruçu e mediada pelo professor Aldo Clécius. O coordenador do cursos de Moda e Design de Moda da UNA, Júlio Pessoa foi quem teve a primeira fala na mesa e discorreu brevemente sobre estes cursos e a maneira que o estudante deve encarar sua trajetória na graduação. Em seguida, o coordenador da mesa, Aldo Clécius deu prosseguimento à mesa apresentando-se e falando um pouco sobre seu percurso no meio fashion. Um dos pontos que abordou foi o do caráter promissor da moda mineira frente ao cenário nacional. Segundo ele, Minas tem grande chance de tornar-se a segunda referência no país no mercado de moda, basta para isso fazer parcerias sólidas entre a academia e o mercado. Isso significa a integração entre os dois com a finalidade de as instituições de ensino poderem oferecer a seus estudantes melhores estágios e, consequentemente, o mercado absorver profissionais melhor capacitados, gerando maior possibilidade de sucesso para o mercado de moda do estado.
O primeiro palestrante, Moema Breves, apesar de ainda muito jovem, já é referência no universo da moda mineira trazendo uma bagagem rica devido a sua ousadia quando da inserção no mundo fashion. Tendo iniciado sua carreira de modelo aos 14 anos, logo percebeu que não eram as passarelas que mais a atraiam, mas o backstage. Sempre que podia, ajudava de alguma forma nos bastidores a fim de aprender um pouco mais com pessoas experientes do meio. Não demorou para que direcionasse sua carreira para outro rumo, passando a atuar como consultora de moda, trabalhando com a área de marketing de empresas de nome como a Olium, Patachou e Chicletes com Guaraná. Atualmente continua prestando serviços de consultoria para marcas conhecidas, porém teve a concretização de um sonho com a criação da Nonfashion, um espaço multifiuniconal super bacana que durante o dia funciona como uma outlet que vende 21 marcas e à noite se transforma no espaço Nonsense, ideal para eventos ou um encontro com os amigos regado de moda, gastronomia e cultura. Segundo a empresária, todos nós precisamos “ter uma história para contar”, sempre ter um sonho para motivar suas realizações profissionais ter obstinação para concretizá-lo.
A segunda palestrante da mesa foi Fernanda Cotta, superintendente de Comunicação Corpeorativa da FIEMG e responsável pelo Minas Trend Preview. Falou da dimensão que o evento vem alcançando a cada ano no âmbito nacional e do que ele tem representado em números para o crescimento do mercado mineiro de moda. De acordo com Fernanda, o diferencial que o Minas Trend tem com relação aos outros grandes eventos de moda do país é a preocupação em geração de negócios, exemplificando que muitos dos expositores do evento vendem cerca de 80% de sua produção na semana de moda. Sobre o crescimento do evento o site Dragão Fashion House diz:
Comparado a última edição que aconteceu em novembro de 2009, o número de expositores subiu de 170 para 192. A área total ocupada pela estrutura do evento cresceu de 11 mil m² para 12 mil m². Com tantas marcas, o evento contou com duas salas de desfile que trabalharam alternadamente para abrigar os 24 desfiles individuais e mais seis de preview com os mais variados temas. Cerca de 2,5 mil pessoas circularam diariamente durante a feira que ocorreu paralelamente aos desfiles, vindas de todo Brasil e países como Portugal, Espanha, França, Polônia, Colômbia, República Dominicana e Japão. O Minas foi uma mostra do reconhecimento e consolidação do evento na moda e comportamento, no país e no mundo.
Ela apontou que o setor de moda em Minas Gerais detém cerca de 14% dos empregos demonstrando a representatividade deste mercado nos números do estado. Por fim, apresentou o tema do próximo Minas Trend Preview, que será em novembro e homenageará o Grupo Corpo que completa 35 anos.
O terceiro nome de destaque a se apresentar no seminário foi a estilista Graziele Coelho, assistente das marcas como Patrícia Mota e Chicletes com Guaraná. Tendo trabalhado com estilistas como Renato Loureiro e Vitor Dzenk, ela mostrou trazer um conhecimento diversificado do funcionamento de uma marca. Discorreu sobre o contexto do mercado de moda atual em que o profissional trabalha com coleções montadas em prazos cada vez mais curtos, a criação divide metade das decisões tomadas com a área de marketing da marca, existe a necessidade de conhecimento dos processos por que passa o produto, que vai desde a criação até a finalização atingindo o ponto de vendas, é presente a terceirização da linha de produção e necessária a otimização de comproas e insumos. A estilista ressaltou a necessidade de diálogo entre a criação e o marketing a fim de conseguir o principal para que uma marca sobreviva, que é a venda.
A mesa teve como último palestrante Pedro Embiruçu, ex-aluno da UNA recém formado e apontado pela revista ELLE como novo talento para mercado mineiro de moda em 2010. Vencedor do Projeto Box, prêmio que o rendeu a visibilidade que tem hoje e abriu muitas portas, atualmente faz parte da equipe de estilo da grife Regina Salomão. Lembrou da escassez de estágios, revelou que viu nos concursos uma alternativa para inserir-se no mercado e apontou o conhecimento sobre arte como imprescindível para imprimir conceito à roupa.
Referência:
Disponível em: <http://www.dfhouse.com.br/sis.secao.artigos.content.asp?pasta=1&pagina=75&a=3&ar=58>. Acesso em: 9 out de 2010.
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