segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Arquitetura Itabirana




Possuidora de um belo acervo arquitetônico que forma o seu centro histórico, Itabira conta com a presença de sobrados e casarões construídos no final do século XVIII e início do século XIX.

Essas construções com características da arquitetura colonial mineira foram erquidas em estrutura autônoma de madeira com vedação em alvenaria de adobe e pau-a-pique soobre embasamento de pedras.


Uma parceria com feita entre a prefeitura e os proprietários de alguns casarões mantém viva a história da cidade. Através do Programa de Revitalização do Centro Histórico de Itabira, a arquitetura tombada pelo patrimônio estão sendo restaurados.


O centro histórico da cidade é também referência para o Museu de Território Caminhos Drummondianos, que conta um pouco sobre a vida e o cotidiano do poeta Drummond, e dos personagens daquela época.



"... devagar as janelas olham ..." (Carlos Drummond de Andrade)


Flores do Cerrado Mineiro


Por adorar flores e formas exóticas procurei buscar para minha inspiração algo diferente e foi pesquisando sobre as flores do cerrado mineiro que encontrei diversas formas, cores, delicadeza e leveza.
Com esta pesquisa acabei também encontrando diversas flores com propriedades medicinais e outras transformadas em temperos, doces e licores. Mas foram as cores, formas e leveza que me levarão a fazer este painel . Essas tonalidades nos arremetem a sentir cheiro, aguçando também o paladar, buscando usar cores que alegram, que excitam e que nos dão paz.
Dentre as pesquisadas estão: Caliandra, Fedegoso, Pimenta de Negro ou Pimenta de Macaco e Fruta do Buriti.

Arquitetura contemporânea e Amilcar de Castro




As esculturas de Amilcar de Castro um paralelo com a arquitetura Comteporânea de Éolo Maia.
Amilcar de Castro,(1920-2002)
“escultura
é a descoberta da forma
do silêncio
onde a luz guarda a sombra
e
Comove”
foi um escultor, artista plástico e designer gráfico brasileiro, Freqüentou a Escola Guignard entre 1944 e 1950, onde estudou desenho com Alberto da Veiga Guignard e escultura figurativa com Franz Weissmann.
Amilcar de Castro é considerado pelos críticos e historiadores da arte um dos escultores construtivos mais representativos da arte brasileira contemporânea.
Amílcar de Castro
Estudou na Guignard na década de 40. Desse contato ficou sobretudo a necessidade de clareza defendida por Guignard nas aulas de desenho,a insistência para que os alunos usassem lápis duro, que por produzir sulcos no papel, exigiam decisão no traço, pois os erros não tinham conserto.
A arte de Amilcar de Castro rejeita a formalização demasiado unívoca de um certo construtivismo, abre-se para o exterior – ou melhor, trabalha para concretizá-lo. A monumentalidade posta de pé por esse movimento deve portanto afastar qualquer dimensão simbólica – aversão pré-moderna da imponência-, com o que ela tem de intimidação e apequetamento do observador.
A escultura de corte e deslocamento, sem dobras que começam a ser feitas na década de 70, deixam isso bem claro.
Um jogo de leveza e contração as organiza e nenhum desses dois movimentos obtém primazia. A grande espessura das chapas chega a 4 polegadas, enquanto nos de corte e dobra têm no máximo 2 polegadas e suas dimensões reduzidas conferem um aspecto atarracado ás obras.
Por outro lado, as linhas que correm no interior dos blocos de ferro produzem um contraste com essa contenção.Ao romper a inteireza das barras, reduzem sua impenetrabilidade e apontam caminhos onde só havia extensões contínuas. Pelas trilhas abertas pelo maçarico ( a luz que secciona as chapas de ferro), passa uma luz fina,forte o suficiente para constituir desenhos.
Prensada na maior parte dos casos entre dois massudos blocos de ferro, essa linha difícil ás vezes se interrompe, cedendo ao peso, ás vezes forma um fio ininterrupto, colocando em suspensão a massa que a pressiona. Até certo ponto a tensão observada nas esculturas de corte e dobra se refaz – entre a materialidade da luz e a presença ostensiva do ferro domina o movimento irresolvível.
Nos casos de segmentos de peças são deslocados, também verificamos uma redução de seu peso.A porção rearticulada, justamente por obter mobilidade, adquire uma densidade menor, que gera um descompasso entre as partes da obra.Afinal, são coisas feitas do mesmo material, com idêntica espessura e solidez, e não havia por que aparecerem de maneira diversa. Contudo, é assim que elas procedem, combinando frações desbalanceadas, embora saída de um denominador comum.
A luz secciona as chapas de ferro.
A obra de Amilcar de Castro , como a de outros artistas significativos de sua geração, é muito mais rica e variada que os estudos e o material iconográfico existentes a seu respeito.
Arquitetura contemporânea por Èolo Maia
Éolo Maia ( 1942-2002), estudou arquitetura na Escola de Arquitetura da UFMG, um dos arquitetos mais importantes na arquitetura contemporânea mineira.
Nasceu em Belo Horizonte em 27 de janeiro de 1942, mas dizia-se natural de Ouro Preto. O ambiente cultural da cidade histórica propiciou ao arquiteto seus primeiros contatos com as artes, a convivência com os pintores Guignard e Scliar e, segundo afirmava, a descoberta da arquitetura.
O ingresso na Universidade foi marcado pelo entusiasmo da construção de Brasília(1957-1960) que, no não de sua graduação 1967, já havia substituído pelo clima de repressão e autoritarismo de uma ditadura militar.
Contestador e irreverente, criou no final da década de 1970, junto com Jô Vasconcellos e Sylvio Podestá as revistas Vão Livre e Pampulha.
Mesmo que a busca pelo novo e pela invenção tenha sido o motor de trinta e cincos anos de atuação profissional, Éolo Maia ainda é frequentemente associado à arquitetura pós moderna produzida no Brasil na década de 1980, da qual foi , sem dúvida, um de seus maiores expoentes.
Num primeiro momento a recorrência de elementos formais próprios da arquitetura moderna, após revisão crítica por que passou durante o período que se seguiu à segunda guerra Mundial. Em especial, pode –se identificar nessas obras as influências fundamentais de Vilanova Artigas, de Le Corbusier em sua produção da segunda metade do século XX e, principalmente, de Louis I.Kahn.
Apesar de sua grande trajetória irei abordar somente os edifícios ícones que considero inspirador.
Centro de apoio turístico Tancredo Neves(1984-1992),Projeto mais emblemático do período de crítica pós moderna elaborado em parceria com Sylvio Podestá. Implantado em plena Praça da Liberdade em Belo Horizonte, berço do poder constituído do Estado.
Por seu valor imagético e alegórico, tem suscitado as mais diversas reações dos usuários da praça, o impacto visual promovido por suas cores e formas inusitadas não permite que o edifício passe despercebido dentro do contexto urbano imediato. Sua epiderme metálica, em que predominam as cores fortes e o aço patinável, cuja tonalidade terrosa advém do processo controlado de corrosão superficial, fez com que o mesmo recebesse o apelido de “Rainha da Sucata” pelos estudantes de um colégio vizinho, em referência a uma telenovela da época.
No tratamento volumétrico do centro de apoio turístico partiu da leitura tipológica dos prédios das Secretarias de Estado que envolvem a Praça da Liberdade, projetados nos estilos ecléticos e neoclássico. Essa estratégia mimética em relação ao lugar se contradiz pela utilização de matérias contemporâneas, negação dos esquemas de composição clássicos e colagem de elementos de outras arquiteturas, a produzir um objeto que se relaciona ambiguamente com seu entrono imediato.
Referência:
NAVES, Rodrigues. Amilcar de Castro. São Paulo: Editora Tangente, 1991.
Texto Éolo Maia: Complexidade e contradição na arquitetura urbana brasileira. Editora UFMG, 2006.

Sabor de Minas.

A cozinha mineira encanta não somente porque é a mais característica do Brasil, mas sobretudo porque é feita de pratos ricos em sabor e cheios de histórias próprias. São histórias bem brasileiras que remontam à época dos escravos, o ciclo do ouro, das pedras preciosas e que nos falam de cidades importantes como Ouro Preto, Diamantina, Sabará e outras, onde se escreveram muitas páginas da história brasileira.

A preparação desses pratos em ambientes modestos e com poucos recursos, termina por despertar um espírito criativo, seja nas misturas dos ingredientes, seja nos seus temperos, dando lugar assim a uma cozinha típica, muito rica e bem variada. O prato "feijão tropeiro", por exemplo, era feito pelos homens encarregados do transporte do ouro desde as minas até a capital do país e era justamente nas paradas feitas durante a viagem que eles preparavam este prato duma maneira bem simples.

A cozinha mineira é toda baseada nos produtos de fundo de quintal, o porco, a galinha, o quiabo, a couve, o fubá. Por isso mesmo, é simples mas de um sabor inigualável e marcante. Está intimamente ligada à cultura do povo que a iniciou através das cozinheiras das grandes fazendas.

A Cozinha Mineira seduz principalmente pelos aromas. E eles nunca saem da memória de quem já sentiu a cálida presença no olfato de um lombinho crepitando no forno, de um feijãozinho imerso em temperos, do torresmo saltando em pururuca numa velha travessa de ferro, da lingüiça que toma forma com seu principal tempero, a paciência , e onde as panelas agüentam horas sobre o calor para que as carnes se impregnem de sabores e liberem os aromas que calam fundo na memória de alguém que, algum dia, caminhou displicentemente pelas ruas de uma cidade do interior mineiro.

Hoje, está disseminada em todo o país pela sua alta qualidade e sabor.

As Formas do Barroco Mineiro



O Barroco foi uma reação contra a simetria e a proporcionalidade, portanto sua estética prima pela assimetria, pelo excesso, pelo expressivo e pela irregularidade, tanto que o próprio termo vem de uma pérola do mesmo nome de formato bizarro e irregular. Este movimento tornou-se perfeita para a Igreja Católica da contra reforma, pois enfatiza o contraste, o conflito, o dinâmico e o dramático. Ela usava a religião e a arte como instrumento de controle e ainda ajudava a conter os “maus costumes”.

O barroco mineiro foi uma visão peculiar do estilo, suas maiores expressões foram na arquitetura, na escultura e pintura. Apesar do nome barroco mineiro, boa parte das manifestações artísticas aconteceram dentro da esfera do Rococó que podemos considerar uma sub escola barroca. Esta sub escola tem sua relação na elaboração das fachadas das edificações religiosas, ornamentação interior e disposição quadradas das igrejas

Os materiais próprios, a mão de obra, o uso de suas próprias técnicas, deveu-se ao súbito enriquecimento da região com a descoberta de grandes jaziguas de ouro e diamantes proporcionando uma grande qualidade na produção das artes.

O estilo desenvoleu-se principalmente na antiga Vila Rica, hoje Ouro Preto, mas também em Diamantina, Serro, Mariana, Tiradentes, Sabará, São João Del Rei e Congonhas.

A escolha do Barroco para meu tema, foi por sua grande variedade de formas rebuscada, ricas em detalhes e cores fortes e intensas.

domingo, 12 de setembro de 2010

A província dos Cerrados

(clique na imagem para ampliar)
Ocupando originalmente quase metade do território de Minas Gerais, o Cerrado ocorre nas regiões central, oeste, noroeste e norte do estado.Cortado por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul, tem índices pluviométricos regulares que lhe propiciam sua grande biodiversidade.
São as principais características deste segundo maior bioma brasileiro:

Clima: predominantemente Tropical Sazonal, de inverno seco e verão chuvoso, ocorre incêndios espontâneos esporádicos no período da seca. Temperatura média de 25º, máxima de 40º e mínima de 10º ou até menos.

Vegetação: semelhante à savana, com gramíneas, arbustos e árvores esparsas. As árvores têm caules retorcidos e raízes longas, que permitem a absorção da água - disponível nos solos do cerrado abaixo de 2 metros de profundidade.

Relevo: um tanto acidentado, com poucas áreas planas. Nos morros mais altos são encontrados pedregulhos, argila com inclusões de pedras e camadas de areia.

Flora: riquíssima flora com mais de 10.000 espécies de plantas, sendo 4.000 endêmicas desse bioma. ex.: buriti (Mauritia flexuosa), ipês(Tabebuia spp.), quaresmeira roxa (Tibouchina granulosa), etc, além da grande variedade de gramíneas, bromeliáceas, orquidáceas e outras plantas de menor porte.

Fauna: apresenta grande variedade em espécies em todos os ambientes, que dispõem de muitos recursos ecológicos, abrigando comunidades de animais com abundância de indivíduos, alguns com adaptações especializadas para explorar o que fornece seu habitat.
Devido à ação do homem, o Cerrado passou por grandes modificações, alterando os diversos habitats e, consequentemente, apresentando espécies ameaçadas de extinção. Dentre as que correm risco de desaparecer estão o tamanduá-bandeira, a anta, o lobo-guará, o pato-mergulhão, o falcão-de-peito-vermelho, o tatu-bola, o tatu-canastra, o cervo, o cachorro-vinagre, a onça-pintada, a ariranha e a lontra.

Infelizmente crescentemente ameaçado, seja pela instalação de cidades e rodovias, seja pelo crescimento das monoculturas, como soja e o arroz, a pecuária intensiva, a carvoaria e o desmatamento causado pela atividade madeireira e por frequentes queimadas, devido às altas temperaturas e baixa umidade, quanto ao infortúnio do descuido humano.

Em suma, o Cerrado possui alta biodiversidade, embora menor que a mata atlântica e a floresta amazônica.
Este rico ecossistema apresenta cores, formas, relevos e texturas inigualáveis, nos mais diversos aspectos como, principalmente, em sua fauna e flora. O que o torna tema extremamente oportuno ao desenvolver uma coleção.
Minha escolha remete não só uma homenagem à hospitaleira mãe-Terra, mas como um possível alerta à atividade humana, que degradante pode por em extinção tão vasta beleza natural.

Painel de Inspiração : Bordado Mineiro

O bordado mineiro sempre foi uma das minhas paixões, com sua simplicidade e artesanalmente feito, ele é rico em cores e em sua maioria é feito em formato de flores. O artesanato mineiro se transformou nos tempos de hoje em fonte de renda e incentivo ao turismo, beneficiando e distribuindo renda as mais diversas camadas da população.
Meu painel de inspiração mostra dois tipos de bordados, os de pedraria e os feitos com linha. Na minha coleção pretendo usar somente o bordado com pedraria transformando o feito com linha em bordado com pedras. Mantendo o jeito mineiro de fazer e a simplicidade dos bordados que são feitos artesanalmente.